segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Silêncios

Mais alto grito meus silêncios
Não espero que me hão de ouvir
Não! ao passeio de mãos dadas
desnuda a fêmea, não se pode mais vestir
beijo cálido - mentiras, dores
sei que te vislumbro...desgarrado
em lutas nobres, fúteis, memoráveis,
íntimas, obscuras, solitárias, pueris...
Pára um pouco...Dá um tempo...
Olha prá mim!!!...

Fábulas

Parece-me que já não sei mais
do teu gosto, do teu cheiro
do toque das tuas mãos...
O não dito corrompe fábulas
e dos caminhos obscuros
surgem luzes mentirosas.

Teu brilho me soa miragem
já não sinto-te entre meus dedos
entre minhas pernas, meu umbigo
E me embriago de vinho e de ilusão
de um amor perdido no tempo/espaço
que um dia criamos só pra nós...

Pedaços

Rasgo poemas não escritos
grito silêncios sôfregos, sofridos, pisados
desmantelo-me pra caber em ti
...se não estás...
pedaços de mim caem nas sargetas
escorrem por ralos fétidos, contaminados
em desespero, na busca por tua presença
e do amor que dizias sentir por mim.

Tradutor

Um dia disseste que teu amor
era pra sempre...e eu acreditei
disseste que teu amor era egoísta
achei que mangavas de mim...

preciso de um tradutor
que mania tenho eu
de entender tudo errado...