quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Versos


I
Porque eu amo também os defeitos,
segredos escondidos entre os dedos,
e me enterneço quase mortalmente
com palavras que nunca foram ditas.


II
Adoro um colo onde possa me perder
e que me leve a outras tantas viagens
pelo olhar e pelo toque firme e quente
desnudando meu corpo devagar.


III
Nada importa, se ouvires o que sinto
pelo sangue que pulsa em meu ser
vida e morte, fantasia e agonia
quase tudo tende a desaparecer.



IV
Olha o que nós temos!
Faça-me um favor:
de não estragar tudo,
por puro capricho...

domingo, 16 de novembro de 2014


Por que a Saudade???

E nada dá certo
a gente não fecha


Teu beijo... meu beijo...
não são estopim

A gente não arde
mas bem que eu queria


teu beijo, teu beijo,
um bom dia


e talvez todo dia
me olhasses assim...

E mesmo sem pele,
sem filosofia

Teu beijo... teu beijo...
É tudo pra mim.



Sempre em transformação

Se me penso borboleta...
logo me pego dragão.
                                            
Parece que
Não há o que nos aproxime
Pelo tanto que nos separa...

Isso me faz chorar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Pura poesia

Disseram-me um dia
que eu era pura poesia...

Eu só não sabia,
então, que não seria
um eterno poema de amor.
E quando chegasse o dia
o verso explodiria
vertendo sangue
desespero, agonia...
E, talvez, melancolia,
pra que eu pudesse testar o tempo
provar a força e a fantasia
e seguir, inquietamente,
tropeçando palavras e rimas
pelos caminhos que eu mesma criei.

Myrian

domingo, 9 de novembro de 2014





Às vezes estar certa dói mais do que estar errada...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Confissão

Dorzinha estranha, essa que dá antes da gente se apaixonar...
Alerta do perigo iminente, inevitável
Uma pontada na boca do estômago
Sorriso idiota nos lábios e o pensamento longe...

Devo confessar que estou perdida...
Acabo de me perder nos lábios daquele moço
Que eu nem sei se me quer...

dos lábios dele em mim, transbordou poesia
E eu quis tanto que ele me amasse...


A dorzinha no estômago... é medo
(de perder sem ter tido)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Colhi uma rosa
Comprei um vestido
Ensaiei um sorriso...
pra parecer feliz
ser teu chamariz...

Fui poeta, guerreira
Amiga, companheira
Pra chamar tua atenção
E ser digna do teu amor,
Então.

E daí?
Paixão é só o que sinto
Quero tirar coragem do baú
E matar o amor, como tu...
Numa garrafão de vinho tinto.


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Às vezes me dá uma vertigem
uma falta de chão,
embrulha o estômago
pelo que somos nós dois

logo, por sobrevivência
contra toda a decência
finjo um outro sentir,
e tudo volta ao normal.

(2006)



Sem pressa

Eu te amo devagar, sem atropelos
Mesmo sabendo que não é por mim que te moves
Sem que isso me fira mortalmente
Porque, no fundo, sei que me amas como podes
E eu, mais que tudo, amo a liberdade que tens.