segunda-feira, 15 de outubro de 2012



segunda-feira, 6 de agosto de 2012



meu corpo, de te amar cristalizou-se
minha alma por buscar-te se perdeu
a essência, por um mantra evocada
ao teu silêncio, dissipou-se, evanesceu.

Quis gritar-te por socorro, mas a voz
dos pulmões à boca não chegou
e fui morrendo aos poucos, desolada
já sem essência, sem alma, sem nada.

domingo, 8 de julho de 2012

Abraço

Chuva lá fora... E é em mim que chove!
Correm, pleno inverno, gotas de verão
Meu corpo nu, preguiçoso, goza teu abraço de sol!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

..tanta saudade...

Saudade do teu corpo
e do teu cheiro
Saudade da saudade
que sentias de mim

Saudade das conversas
que tínhamos nus
entre suores e beijos
num quarto qualquer.

Saudade da tua voz
obcenidades, loucura
febris fantasias
vividas a dois.

Saudade, saudade
de saber de ti
de saber-te me amando
de ouvir:  Te quero ... e coisas assim...

Vingança

Basta de ser boazinha
Quero ser mesquinha
não sou boa moça
desejo vingança
trair tua confiança

Rasgar teus textos
esquecer teus endereços
cuspir no teu sorriso
desdenhar de tanto siso

E fazer-te pequeno,
sujo, feio, indolente
diante de toda gente

Quero rasgar-te, pisar-te,
quebrar-te os dentes
Pra que me odeies,
maldigas, me digas
uma única palavra que seja
que não esteja carregada
por essa indiferença,
esse desdém
que nutres por mim

domingo, 8 de abril de 2012

Luto

Mesmo sentindo que não vinhas
comprei lasanha pro almoço
pó, coador pra passar o café
a tua manteiga, pão fresquinho
frios e uma garrafa de vinho

Mesmo percebendo que não vinhas
depilei pernas e virilha
banhei-me com óleos
bronzeei-me ao sol
e tentei esboçar um sorriso

Mesmo sabendo que não vinhas
sonhei com a tua chegada
com um abraço apertado
e até me pareceu ouvir
teus lábios dizendo: te amo

Mas o amor jazia morto
já não valia um telefonema
E o tempo foi passando
e as lágrimas brotando
borraram lápis e rímel


Sozinha, morri mais um pouco
O luto levou-me o sorriso...

domingo, 4 de março de 2012

sem nada

meu corpo, de te amar cristalizou-se
minha alma por buscar-te se perdeu
a essência, por um mantra evocada
ao teu silêncio, dissipou-se, evanesceu.

Quis gritar-te por socorro, mas a voz
dos pulmões à boca não chegou
e fui morrendo aos poucos, congelada
já sem essência, sem alma, sem nada.