I
Porque eu amo também os defeitos,
segredos escondidos entre os dedos,
e me enterneço quase mortalmente
com palavras que nunca foram ditas.
II
Adoro um colo onde possa me perder
e que me leve a outras tantas viagens
pelo olhar e pelo toque firme e quente
desnudando meu corpo devagar.
III
pelo sangue que pulsa em meu ser
vida e morte, fantasia e agonia
quase tudo tende a desaparecer.
IV
Olha o que nós temos!
Faça-me um favor:
de não estragar tudo,
por puro capricho...