...
Quero ser luz...
só a noite me traduz
Quero ser foz
Sou meu próprio algóz
Tento ser forte, consistente
Rolo tal qual pedra de rio
Aguço meu corpo dormente
Resisto ao atrito, ao frio.
E essa saudade milenar
De tudo o que não vivi
Das coisas que quis te dar
Perdem-me por aí.
Em noites infindáveis
Sofro meus sonhos vadios
na busca de quem aporte
em meu cais seus desvarios.
contradição
Ia me reinventando
A cada passo que dava
Queria virar-me do avesso
Por ser de mim, ansiava
Sem depender, fui seguindo
Esse coração travesso
Queria viver cada segundo
Apaixonada, eu confesso
Passei a vida bordando
Bandeiras de liberdade
Foi assim, e vou vivendo
Em busca do amor de verdade
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