quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

outubro/2006

Um dia...será?
E quando já não esperava teu olhar
Percebi que não eras quem eu pensei
Vi nos teus olhos um outro. Talvez...
aquele que tentaste me dizer que eras
E eu, cega, me neguei a conhecer

O homem que eu vi , e nunca foste
Talvez venhas a ser, quem sabe, um dia
Os caminhos não têm volta, percebe
Mas o que tiver que ser, meu amigo
Um dia será!


dói menos
Dói menos
dói menos
dói menos...

Resta só essa magoazinha
quase que despercebida
num cantinho mal varrido
do meu ser.




longe
Se eras para ela
não podias ser pra mim
e só agora percebi

que não eras quem eu via
que, se eu via, sonhava
e, se sonhava, voava (...voava e não via...)

voava pra longe, bem longe
distante demais...de ti...
e de mim...




sem rumo
meu peito, dilacerado
já não me indica pra onde
já não mostra um caminho
que valha a pena seguir.

um frio percorre meu corpo
vontade de chorar sem fim
as lágrimas vêm num soluço
e,então, nada espero de mim.

Os desígnios que me aqueciam
extinguiram-se à última chama
fico assim, só, sem esperança
de que o que queimou volte, enfim.





deriva
Vejo-te cambaleante
à deriva neste mar
que dizes ser de amor
e te leva onde pensas querer ir.

Vejo te tornares fraco
na doce ilusão da covardia
que te faz escolher
o morno para amar.

E faz sentir-te forte
pensas que vale a pena
trocar o nada em que acreditavas
pelo conforto do vazio

Curte cada momento
Que a vida te reserva muito
Fico aqui , calada
Esperando-te surgir

aprendo a vencer a mágoa
pra receber-te de volta,
já sem a ira dos rejeitados
ou a desesperança dos vencidos.

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